Carta ao autor

segunda-feira, 22 de novembro de 2010
Como me doí ver a folha em branco,
O cursor a piscar e a caneta parada.
Escrevo isto como pedido
escrevo a ti, autor de outrora,
Sou sua velha conhecida.
A sua suplica por voz, vez por outra,
Tão calada e reprimida.
ando magoada contigo,
Esqueceu-me no seu abraço
Sufocou-me.
Levou o meu eu-lírico
Tomou a minha verdade,
No simples verso mal escrito.


Guilherme Diogo Rodrigues

"Sonhos Fugitivos"

domingo, 14 de novembro de 2010
Os poemas andam tão raros,
Ficam perdidos em palavras.
Tanta e tantas sem sentido.
Escritas com o sangue
As custas de uma verve reprimida.
Mas, algumas vezes,
Aproveitam-se da distração do poeta.
Despertam ao adormecer,
Aparecem como sonhos fugitivos.
Escapando por entre as brechas
Por entre as garras da mente.


Guilherme Diogo Rodrigues