É quase que instintivo do homem associar som à imagens e vice-versa. No cinema já é habitual a música assumir um caráter mais dramático, acompanhando o ritmo da ação. Contundo, as relações de trilhas sonoras com o cinema datam do inicio da história da sétima arte. Já na primeira sessão pública do cinematógrafo dos irmãos Lumière, em Dezembro de 1895, no Salon Indien do Grand Café, em Paris, um pianista acompanhou a sessão.
O curioso, é que uso de música no cinema ocorreu principalmente para encobrir o alto ruído dos projetores e também para preencher certa monotonia sonora do cinema mudo, quando os filmes passaram a ter mais tempo de duração.
Com o passar do tempo a música passou a dividir a cena com os filmes sonoros, contendo diálogos e outros ruídos, tornando-se parte importante e assumindo funções especificas como, por exemplo, colorir emocionalmente o universo psicológico das personagens, servir de contraponto e contextualizar as ações. Mas, mais do que isso, a musica se tornou a voz, a emoção e a transformação dos filmes em uma experiência mais agradável e multi-sensorial.
Faça o teste, pense no seu filme predileto sem a trilha sonora e veja o quanto ela faz falta dentro desse contexto.