O Lobo da estepe, de Hermann hesse, é um livro que aborda a pluralidade do ser, e suas crises. Alem de uma alta critica a sociedade burguesa da época.
Foi desse livro que Fernando Anitelli , o vocalista do Teatro Mágico, tirou o nome de sua troupe. Há um trecho no livro, onde o personagem Harry Haler está andando pela rua, em meio aos seus conflitos existenciais, e se depara com um letreiro no muro, que diz o seguinte: Esta noite, O TEATRO MAGICO.. entrada só para raros.. SÓ PA RA LOU COS!. E a partir daí, ele fica fascinado com isso, sempre querendo ver novamente esse letreiro, e conhecer o teatro magico.
A personagem se encontra em profundo desespero, assombrado pelo lobo da estepe, sua outra alma que vive dentro dele. Até esse momento ele crê que só existam um ou duas almas dentro dele. Entretanto, quando ele recebe o livro "O tratado do lobo da estepe", que se refere a ele , e que demonstras uma teoria, de que não há apenas uma ou duas almas dentro de um ser, mas cem, duzentas...1000 almas.
Algumas vezes o livro pode parecer deixar uma visão pessimista da capacidade da unidade do ser. Mas Herman Hesse , em nota de 1961 para uma reedição do romance, diz que não descarta no romance a esperança oculta de uma síntese transcendente, que integre o santo e o libertino, o que parece estar prefigurado na demonstração da unidade oculta das mil almas no capítulo final da obra.