O Lobo da estepe

domingo, 31 de maio de 2009

O Lobo da estepe, de Hermann hesse, é um livro que aborda a pluralidade do ser, e suas crises. Alem de uma alta critica a sociedade burguesa da época.
Foi desse livro que Fernando Anitelli , o vocalista do Teatro Mágico, tirou o nome de sua troupe. Há um trecho no livro, onde o personagem Harry Haler está andando pela rua, em meio aos seus conflitos existenciais, e se depara com um letreiro no muro, que diz o seguinte: Esta noite, O TEATRO MAGICO.. entrada só para raros.. SÓ PA RA LOU COS!. E a partir daí, ele fica fascinado com isso, sempre querendo ver novamente esse letreiro, e conhecer o teatro magico.
A personagem se encontra em profundo desespero, assombrado pelo lobo da estepe, sua outra alma que vive dentro dele. Até esse momento ele crê que só existam um ou duas almas dentro dele. Entretanto, quando ele recebe o livro "O tratado do lobo da estepe", que se refere a ele , e que demonstras uma teoria, de que não há apenas uma ou duas almas dentro de um ser, mas cem, duzentas...1000 almas.
Algumas vezes o livro pode parecer deixar uma visão pessimista da capacidade da unidade do ser. Mas Herman Hesse , em nota de 1961 para uma reedição do romance, diz que não descarta no romance a esperança oculta de uma síntese transcendente, que integre o santo e o libertino, o que parece estar prefigurado na demonstração da unidade oculta das mil almas no capítulo final da obra.
segunda-feira, 25 de maio de 2009

É Proibido Proibir

Compositor : Caetano Veloso

A mãe da virgem diz que não.
E o anúncio da televisão.
E estava escrito no portão.
E o maestro ergueu o dedo.
E além da porta há o porteiro, sim.
Eu digo não.
Eu digo não ao não.
Eu digo.
É proibido proibir.
É proibido proibir.
É proibido proibir.
É proibido proibir.
Me dê um beijo, meu amor
Eles estão nos esperando
Os automóveis ardem em chamas
Derrubar as prateleiras
As estantes, as estátuas
As vidraças, louças, livros, sim
Eu digo sim
Eu digo não ao não
Eu digo
É proibido proibir
É proibido proibir
É proibido proibir
É proibido proibir

Essa musica foi composta, por Caetano Veloso, na epóca da ditadura, logo após ler uma pichação em uma parede que dizia exatamente o refrão da musica: É PROIBIDO PROIBIR!!
Vi essa musica no museu da língua portuguesa, e resolvi posta-la em meu blog. E o interessante disso, é que essa musica me aparece num momento conveniente, bem quando querem proibir o download e a troca de arquivos na Internet!!


"Eu digo não ao não"

Onde está a ideologia do jovem??

quinta-feira, 21 de maio de 2009
Lendo a biografia do Che Guevara, fiquei questionando sobre as ideologias dos jovens do século 21. E sinceramente não sei onde ela se encontra , não tenho conseguido enxergar esse engajamento social, vontade de mudar, e questionar que havia na época do CHE.
Ouço muito jovens falando: "ai politica, credo!"....Quer dizer, não só jovens, mas pessoas com mais idade também, que não pensam nem mesmo em se informar sobre a realidade da politica no nosso país.
Recebemos tanta informação de variadas formas, sobre a politica, que muitas vezes nos tornamos apáticos diante dessa dura realidade, que a politica enfrenta . As noticias sobre corrupção, e interesses escuso dos governantes, tornaram-se corriqueiras no cotidiano brasileiro.
Claro que não pode haver uma generalização, há sim jovens que tem uma ideologia, e que querem fazer a diferença. Mas infelizmente, somos uma minoria.
É obviamente mais fácil, controlar uma população ignorante e sem ideologia alguma, do que uma que conteste, que se envolva. Exatamente por isso, o governo não investe na educação da forma que deveria, e na formação ideológica da população.
Portanto, é altamente necessário que o jovem comece a enxergar a nossa realidade, e interar-se por tudo que acontece na politica,pois tendo plena consciência da importância do questionamento, poderemos realmente mudar este país!!

O teatro mágico dá um MEGANÃO, no AI-5 Digital!!

domingo, 17 de maio de 2009

É como muita alegria que recebo a noticia, de que o teatro magico declarou estar apoiando o MEGANÃO contra o AI-5 Digital.
Fernando Anitelli do grupo Teatro Mágico : ao perguntar quem, entre os presentes, já tinha trocado algum arquivo na Internet. 99% das pessoas que estavam no ato levantaram as mãos.
Disse também: por que não criminalizar o "jaba" na mídia , em vez da liberdade de expressão. Alé disso , Fernando defendeu o fim do atravessador cultural, e a liberdade de copia e distribuiçao na Internet.
O MEGANÃO, conta também com o apoio de muitos representantes sociais de peso, como deputados e senadores, por exemplo: Rui Falcão e Paulo Teixeira, todos do PT, o deputado estadual Carlos Gianazzi (PSol), o deputado federal Ivan Valente (PSol) e o senador Eduardo Suplicy (PT).
É importante ressaltar , que tem muita gente interessada em dar um meganão nesse ato violento contra a liberdade de expressão , pra se ter um ideia, o abaixo assinado na Internet contra o projeto, conta com mais 144 mil assinaturas. No meu blog há um link, no lado direito que quando clicado, direciona à petição contra o projeto do senador Azeredo.
Um grupo como O Teatro mágico que apoia tanto, a difusão de cultura, informação , e a liberdade de expressão, não poderia ficar de fora.

E VIVA A LIBERDADE DE EXPRESSÃO NA INTERNET!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Assista o teatro magico na assembleia legislativa, no youtube, e esse outro vídeo também no youtube.

À Procura de um olhar.

quarta-feira, 13 de maio de 2009
FOTO: Olívia Gay (2008)
A Pinacoteca do estado de São Paulo vem apresentando a exposição: À Procura de um olhar. Nessa iniciativa, a Pinacoteca mostra o Brasil visto pelas lentes dos fotógrafos franceses. Trazendo mais de 200 imagens de sete fotógrafos franceses, alem do 3 brasileiros , o que permite uma comparação de olhares de franceses e brasileiros.

Como grande da fotografia, não poderia deixar de fora essa exposição belíssima, de olhares nada "viciados", como disse o fotografo Henri Cartier-Bresson (1908-2004).

"Um olhar de fora é importantíssimo, pois tem uma visão diferente da habitual, entretanto é bom deixar claro que muitas pessoas de fora tem uma visão errónea pra não dizer quadrada, sobre o Brasil. Essa exposição só vem provar, que o estrangeiro pode sim ter uma visão totalmente diferente daquela mostrada pela mídia internacional , e pelos próprios filmes brasileiros , que se esquecem da riqueza cultural desse país , e só retratam a violência.!"

À Procura de um Olhar - Até 28/6
Pinacoteca do Estado de São Paulo - Praça da Luz, 2, São Paulo - 11/3324-1000
De terça a domingo, das 10h às 18h.
De R$ 2 a R$4. Grátis aos sábados

Um dia de MERDA!

sábado, 9 de maio de 2009


Um dia de MERDA!



Aeroporto Santos Dumont, 15:30 . Senti um pequeno mal estar causado por uma cólica intestinal, mas nada que uma urinada ou uma barrigada não aliviasse Mas, atrasado para chegar ao ônibus que me levaria para o Galeão, de onde partiria o vôo para Miami, resolvi segurar as pontas . Afinal de contas são só uns 15 minutos de busão. ” Chegando lá, tenho tempo de sobra para dar aquela mijadinha esperta, tranqüilo .” O avião só sairia as 16:30.
Entrando no ônibus, sem sanitários . Senti a primeira contração e tomei consciência de que minha gravidez fecal chegara ao nono mês e que faria um parto de cócoras assim que entrasse no banheiro do aeroporto. Virei para o meu amigo que me acompanhava e, sutil, falei: “Cara, mal posso esperar para chegar na merda do aeroporto porque preciso largar um barro”
Nesse momento, senti um urubu beliscando minha cueca, mas botei a força de vontade para trabalhar e segurei a onda . O ônibus nem tinha começado a andar quando, para meu desespero, uma voz disse pelo alto falante:
“Senhoras e senhores, nossa viagem entre os dois aeroportos levará em torno de 1 hora, devido à obras na pista .” Aí o urubu ficou maluco querendo sair a qualquer custo. Fiz um esforço hercúleo para segurar o trem merda que estava para chegar na estação ânus a qualquer momento. Suava em bicas. Meu amigo percebeu e, como bom amigo que era, aproveitou para tirar um sarro. O alívio provisório veio em forma de bolhas estomacais, indicando que pelo menos por enquanto as coisas tinham se acomodado. Tentava me distrair vendo TV mas só conseguia pensar em um banheiro, não com uma privada, mas com um vaso sanitário tão branco e tão limpo que alguém poderia botar seu almoço nele . E o papel higiênico então: branco e macio, com textura e perfume e, ops, senti um volume almofadado entre meu traseiro e o assento do ônibus e percebi, consternado, que havia cagado .
Um cocô sólido e comprido daqueles que dão orgulho de pai ao seu autor. Daqueles que da vontade de ligar pros amigos e parentes e convidá-los a apreciar na privada . Tão perfeita obra, dava pra expor em uma bienal .
Mas sem dúvida, a situação tava tensa . Olhei para o meu amigo, procurando um pouco de solidariedade, e confessei sério : ” Cara, caguei.” Quando meu amigo parou de rir, uns cinco minutos depois, aconselhou – me a relaxar, pois agora estava tudo sob controle . ” Que se dane, me limpo no aeroporto ” – pensei . “Pior que isso não fico .” Mal o ônibus entrou em movimento, a cólica recomeçou forte . Arregalei os olhos, segurei-me na cadeira mas não pude evitar, e sem muita cerimônia ou anunciação, veio a segunda leva de merda . Desta vez, como uma pasta morna.
Foi merda para tudo que e lado, borrando, esquentando e melando a bunda, cueca, barra da camisa, pernas, panturrilha, calças, meias e pés . E mais uma cólica anunciando mais merda, agora líquida, das que queimam o fiofó do freguês ao sair rumo a liberdade . E depois um peido tipo bufa, que eu nem tentei segurar, afinal de contas o que era um peidinho para quem já estava todo cagado . Já o peido seguinte, foi do tipo que pesa . E me caguei pela quarta vez .
Lembrei de um amigo que certa vez estava com tanta caganeira que resolveu botar modess na cueca , mas colocou as linhas adesivas viradas para cima e quando foi tirá-lo levou metade dos pelos do rabo junto . Mas era tarde demais para tal artifício absorvente . Tinha menstruado tanta merda que nem uma bomba de cisterna poderia me ajudar a limpar a sujeirada .
Finalmente cheguei ao aeroporto e saindo apressado com passos curtinhos, supliquei ao meu amigo que apanhasse minha mala no bagageiro do ônibus e a levasse ao sanitário do aeroporto para que eu pudesse trocar de roupas.
Corri ao banheiro e entrando de boxe em boxe, constatei a falta de papel higiênico em todos os cinco . Olhei para cima e blasfemei: “Agora chega, ?” Entrei no último, sem papel mesmo, e tirei a roupa toda para analisar minha situação (que conclui como sendo o fundo do poço ) e esperar pela minha salvação, com roupas limpinhas e cheirosinhas e com ela uma lufada de dignidade no meu dia .
Meu amigo entrou no banheiro com pressa, tinha feito o ” check-in ” e ia correndo tentar segurar o vôo . Jogou por cima do boxe o cartão de embarque e uma maleta de mão e saiu antes de qualquer protesto de minha parte . Ele tinha despachado a mala com roupas . Na mala de mão só tinha um pulôver de gola “V”. A temperatura em Miami era de aproximadamente 35 graus .
Desesperado comecei a analisar quais de minhas roupas seriam, de algum modo, aproveitáveis . Minha cueca , joguei no lixo . A camisa era história . As calças estavam deploráveis e assim como minhas meias, mudaram de cor tingidas pela merda . Meus sapatos estavam nota 3, numa escala de 1 a 10
Teria que improvisar . A invenção é mãe da necessidade, então transformei uma simples privada em uma magnifica máquina de lavar . Virei a calça do lado avesso, segurei-a pela barra, e mergulhei a parte atingida na água..
Comecei a dar descarga até que o grosso da merda se desprendeu . Estava pronto para embarcar . Saí do banheiro e atravessei o aeroporto em direção ao portão de embarque trajando sapatos sem meias, as calcas do lado avesso e molhadas da cintura ao joelho (não exatamente limpas) e o pulôver gola “V”, sem camisa . Mas caminhava com a dignidade de um lorde.
Embarquei no avião, onde todos os passageiros estavam esperando ” O RAPAZ QUE ESTAVA NO BANHEIRO” e atravessei todo o corredor até o meu assento, ao lado do meu amigo que sorria . A aeromoça aproximou-se e perguntou se precisava de algo . Eu cheguei a pensar em pedir 120 toalhinhas perfumadas para disfarçar o cheiro de fossa transbordante e uma gilete para cortar os pulsos, mas decidi não pedir: ” Nada , obrigado . Eu só queria esquecer este dia de merda !!! “


Luiz Fernando Veríssimo



Texto muito bom de Luis Fernando Veríssimo, não poderia deixa-lo de fora da minha seleção de textos da semana...Fazer alguém rir fazendo atuando ou falando já é difícil, agora fazer alguem rir através da escrita, é muito mais difícil. E ele consegue isso com uma incrível facilidade.

PS: Acreditava-se que esse texto fosse de autoria de Luiz Fernando Veríssimo, mas segundo informações esse texto não é de autoria dele, se por acaso alguém souber quem é o autor desse ótimo texto, o "Pensamento Livre" ficará feliz em publicar!

Obrigado!

Diga Não ao AI- Digital. Espalhe essa idéia!

sexta-feira, 8 de maio de 2009
Dos blogs: Arlesophia e Sergio Amadeu

Dê um MEGANÃO ao Projeto do Senador Azeredo. Conheça a campanha.

"Um muro de Berlim no Brasil?"

quinta-feira, 7 de maio de 2009


Essa semana o Brasil foi questionado pela ONU, sobre os muros que estão sendo construídos no Rio de Janeiro para cercar favelas da zona sul da capital.
Com essa noticia eu fiquei me perguntando , será "o novo muro de Berlim" no Brasil?... Porque, a ideia de se construir um muro em torno da favela , é uma discriminação, nãogeográfica como colocou o colombiano: Alvaro Tirado Mejia, mas um discriminação claramente social.

É muito fácil construir muros em torno da favela, em vez de resolver efetivamente o problema. Dando-lhes moradia , educação , saneamento básico, enfim toda a infra-estrutura para uma vida digna.
Será que esses muros são pra "proteger" a sociedade?... Enganam-se aqueles que pensam que na favela só tem bandido, ainda muita gente trabalhadora.

Bom se esse muro for mesmo pra proteger a sociedade, só tenho uma coisa a dizer: Devíamos construir um muro em torno do congresso nacional !!!

Eu fui !!!

terça-feira, 5 de maio de 2009
Esse fim de semana dei uma conferida na virada cultural, fui no show: 20 Anos Sem Raul; Na Pinacoteca , e no museu da língua portuguesa. Gosto muito de um bom show , mas o melhor foi o museu da língua portuguesa, com a exposição: Palavras sem fronteiras.

Quero destacar que o grande show... o grande espataculo mesmo, não foi cantado, não podia ser visto nem tocado, mas podia ser sentido por todos que estavam na virada cultural. Um certo ar alegre, de entusiasmo pela cultura.

A grande protagonista desse acontecimento foi a pupolução. É bonito ver as pessoas confraternizando,em torno do bem mais precioso que o ser humano pode ter, que é a cultura.

Parabéns, à secretária de cultura, à prefeitura de São Paulo, e principalemte parabéns à todos que participaram,e que demonstraram através da virada cultural,que tem educação,e que se interessam sim pela arte , musica e cultura em geral.