"Angeli ressuscita Rê bordosa".

É isso mesmo, fãs do grande trabalho do Angeli podem comemorar, já que o cartunista "ressuscitou" (temporariamente) a sua maior criação, Rê Bordosa, no site Uol onde ele exibe uma novela chamada " Rê Bordosa. em A MORTA VIVA" , com onze capítulos a novela conta a historia da suposta "ressureissão" da personagem através do computador por um menino de 17 anos chamado Gino Cevello, um gênio de uma pacata cidade um tanto quando provinciana.A mesma pode ser assistida gratuitamente por qualquer pessoa.

Angeli foi o criador de personagens como,os Skrotinhos, o punk Bob Cuspe, os hippies Wood & Stock (que ganharam uma versão para o cinema recentemente), o machão Bibelô, Osgarmo e muitos outros. Nenhum, no entanto, marcou mais que “Rê Bordosa”, talvez o mais completo retrato psicológico e social da mulher urbana de sua época, dividida entre a crise dos 30 anos, o eterno desafio de se relacionar com o sexo oposto e a liberdade sexual que a satisfez na década anterior.

A mistura de drogas, sexo livre e noites mal-dormidas a tornou símbolo dos "porraloucas". Suas contradições, ânsias, conflitos internos e filosofias etílicas, mais que motivos para reflexão, eram pura picardia.Curiosamente, sua morte não se deu por conta de uma dose a mais de suas preferidas (e devastadoras) misturas químicas. O criador da personagem, o paulistano Angeli, à "matou" no auge da fama, no especial A Morte da Rê Bordosa, um clássico do underground brasileiro,uma edição onde ele se tornou personagem e a matou "com as proprias mãos", dentro da historia historia.. Há quem diga que Angeli "matou" rebordosa por que a popularidade da mesma foi tão grande que ela estava perdendo a sua essência e que os editores queria torna-la produto para a grande massa, tornando sua linguagem simples e estampando-a em lancheiras, cadernos e outros produtos, sendo assim o cartunista resolveu dar cabo da vida da pobre Rê bordosa.
A personagem será sempre eterna, enquanto os fãs se lembrarem e mantiverem a sua memoria viva (ou enquanto as revistas antigas sobreviverem ao tempo).É como ela disse certa vez, sentada em frente ao balcão de um bar qualquer: “Rê Bordosa, você não passa de uma barata, daquelas que não há inseticida que mate!”.

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