Saudade da Inocência sem reticências.

quarta-feira, 7 de julho de 2010
Hoje andei lendo os meus textos antigos, confesso que senti falta da inocência e até ingenuidade que havia naqueles parágrafos e versos onde escrevia tudo que me vinha à mente, quando a preocupação era menor e as pausas, virgulas e pontos eram menos importantes. Me bateu uma certa saudade deste que escrevia mais com o coração e menos com a razão.
As respostas me pareciam vir com uma facilidade que não encontro mais hoje, mesmo que fossem incertas, eram minhas. Respostas de uma criança que vislumbrava tudo com um olhar novo, sem vícios, tudo era uma descoberta. A mais simples das frases era conteúdo e o mais elaborado dos versos, o máximo que se podia ser para tenra idade, era puro e transmitia a essência da liberdade infantil.
Pouco havia preocupação com a estética ou com o que pensariam sobre o que foi escrito, era uma época onde não havia reticências, tampouco os poréns, os mas, os entretantos e, tampouco os "tampoucos" que a vida nos impõe.
Ta certo que as evoluções foram importantes, isso, não há como negar, mas que bate uma nostalgia por perder essa relação tão sincera, que só uma criança pode ter com o mundo das frases, dos verbos, crases e versos, que nesse tempo nem sabia nomeá-los, somente saboreá-los.

3 comentários:

Anônimo disse...

Antes palavras sem sentido para alguns, sem a correção ortografica maldita mas que tem vida propria, um pedacinho da gente do que todo o texto correto sem o menor valor.

Erickinha disse...

Crescer faz parte da natureza humana...

cabe a você decidir se manterá a criança viva em ti...

os textos perderam a inocencia, mas ganharam sabedoria...perde-se de um lado e ganha-se do outro...

mor...vc escreve cada dia melhor, e sempre com verdade...texto lindo esse...

mantenha essa criança viva em você!

te amo!

Eliete disse...

Licença poética,

Não há validade em uma regra que te impeça de ser um livre criador.

Você é do pensamento livre!

"Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbedos
O lirismo difícil e pungentes dos bêbedos
O lirismo dos clowns de Shakespeare

- Não quero mais saber do lirismo que não é libertação." M. Bandeira

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