Da minha sala eu via o por do sol.
Um sol despreocupado,
que sedia espaço ao raiar da lua
Brindava-nos com seus últimos raios.
No sol de hoje, vislumbrei
O sol do meu passado,
do meu presente e do meu futuro.
Com os olhos de uma criança,
que enxergava a eternidade.
Transformou o azul em laranja
Um laranja cheio de vida.
Tantas vezes desapercebido
O espetáculo do singelo e radiante sol,
na multidão da sala, conteve
apenas um humilde e benévolo
espectador, o simples rascunho de poeta.
Da minha sala eu não via o por do sol,
da minha sala eu via o lume da vida
que por raios de luz na minha janela,
tocavam a minha alma!
Guilherme Diogo Rodrigues.