"A boneca de porcelana"

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Com seu corpo de manequim
Oco, com interior consumido
Pelo tempo que se perdeu,
Tempo por ela desprezado.
Do alto do seu pedestal
Cegamente aprisionada,
Culpada de ser vitima e mandante
Da juventude apática
E experimentações distorcidas
Na frivolidade do momento
Não vive, vegeta o medo
Exprime o preconceito.
Com seu olhar vítreo
Enxerga, ultrajada pela vitrine,
A monocromia dos seus sonhos.



Guilherme Diogo Rodrigues.

2 comentários:

Rafaela disse...

É bom saber que existem pessoas que vão além do que se pode ver!!
Esse poema prova que você é assim (pelo menos pra mim)

Rasgações de seda a parte...
Gostei bastante...Parabéns...

Beeijos ♥

Mary Moreira disse...

Bonecos sao coisas assustadoras, olhando por um certo angulo, nao sao?

Adorei mesmo. \o/

beijos

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