Sob o dilúvio do chuveiro
Água e lágrimas se confundem
Na arca das emoções
Tornam-se um só, fundem-se
Em nó, no escorrer de água salgada,
Derramada pelo olhar do herói
De faz de conta que vive.
De cima, o chuveiro observa,
Feito um anjo, contemplando
A beleza e a tristeza de um mortal
Em gotejar tão intenso.
Sem poder chorar,
O chuveiro desagua o lacrimar
....................[ que lhe cabe.
Lavando corpo e alma
Do herói em naufrágios interiores.
Guilherme Diogo Rodrigues.
4 comentários:
"Sob o dilúvio do chuveiro
Água e lágrimas se confundem
Na arca das emoções
Tornam-se um só, fundem-se"
Demais essa parte *-*
A hora do banho é realmente um momento para recordar as coisas, ter ideias, sentir falta, ser melancolico...
Ficamos inteiramente sós, com nossos pensamentos, apenas com o som das gotas de água caindo no chão. Hora essa em que viramos amigos do chuveiro, amigos intimos, afinal, é ele quem nos observa cantando, dançando ou chorando...
Poema bem sutil, sensivel e ao mesmo tempo forte!
Aplausos pra você Gui *-*
Nossa, chorar no chuveiro é classico e muito terapêutico, realmente.
Nunca tinha visto por essa perspectiva, muito boom Gui.
;*
amei, muito bom!
Cara, quanto tempo não passo aqui! ^^
Ta nítida a evolução dos teus textos mano!
genial
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